Carlos Passos

Carlos Passos

Trata-se da retomada do realismo na arte contemporânea.

CARLOS PASSOS

Artista Mineiro 
Carlos Passos é HIPERREALISTA.

Fonte: https://www.carlospassos.com.br/index.html

Autores: Atiná, Márcia, Otaviano, Patrícia

 

 

Naturalidade Belo Horizonte, MG, Brasil  
Formação

Fundação Universidade Mineira de Arte – FUMA

Escola Superior de Artes Plásticas – ESAP

 
O artista

Carlos Passos é HIPERREALISTA. Trata-se da retomada do realismo na arte contemporânea.

 
 
Obra

A obra do artista inclui retratos, nu, natureza, animais, flores, obras contemporâneas e abstratas.

 
 

 

 

Obra retrato

A obra acima não é fruto de técnica que manipula elementos de luz e profundidade para criar ilusões óticas. É, na verdade, uma obra hiperrealista.

O hiperrealismo é um movimento artístico surgido no final da década de 1960, que tem como princípio estético a criação de pinturas e/ou esculturas, concebidas com uma riqueza de detalhes tão grande que se assemelham ao máximo à realidade.

 

 

 

 

 

Algumas obras de Carlos Passos

 

 

 

Nu

 

Natureza
 
 




Animais


Flores

 
 
Obra Contemporânea

Exposição Hotel Ouro Minas
 

 

 

 

Gravuras Especiais

Neste blog, faremos um pequeno recorte da obra do artista Carlos Passos, as Gravuras Especiais, trata-se de uma coleção de pinturas que o artista disponibilizou para reprodução em gravuras.

A coleção Gravuras Especiais é composta de nove imagens entre natureza morta de frutas, flores, legumes e nu que é sua principal marca. A seguir, a coleção  discriminada:
 

  • Maçã,© (FRO30702fl) papel, 94 x 64 cm e  imagem 77,8 x 54,1 cm,
  • Maçã,© (FR020702fl) papel, 64 x 46 cm e imagem 51,9 x 14,21 cm,
  • Caju, © (FL010702fl) papel, 64 x 46 cm e imagem 51,6 x 36,1cm,
  • Tulipa, © (FR020702f2) papel 94  x 64cm e imagem 78,9x54,1cm,
  • Rosa, © (FR020702f2) papel 64 x 46cm e imagem 54,1 x 32,6cm,
  • Copo de Leite, © (FL010702f2) papel 64 x 46cm e imagem52,6 x 36,1cm,
  • Abóbora, ©(FL010702f2) papel 64 x 46cm e imagem 46,3 x 36,1cm,
  • Nu ,© (NU010702F2) papel 94 x 64 cm e imagem 80,3 x 54,1cm,
  • Nu, © (fl010702F2) papel 64 x 46 cm e imagem 52,4 x 36,1cm.

 

 


Gravura Copo de Leite

 

Interpretação da obra do artista

 

A técnica utilizada é mista com tinta acrílica sobre tela e o uso do equipamento aerógrafo e, sobretudo no estilo hiperrealista com um toque surreal expresso nas imagens. Em primeiro lugar, a qualidade e a nitidez das reproduções chamam a atenção, pois ao observá-las o espectador, consegue constatar com absoluta clareza de detalhes os temas representados nas reproduções. As composições das gravuras destacam, em primeiro plano, os temas que vêm em cores com brilho da luz e o contraste com a sombra. Os fundos das imagens são de cores claras e os objetos pintados não estão situados em lugar algum que nos remete a uma localização atemporal. As imagens representadas são tão verossímeis que se percebe o aveludado das pétalas das rosas, o frescor da maçã que tem a aparência de suculenta, a maciez do caju, a pele acetinada e as gotas de água, pinturas extremamente detalhadas. A sensação que se tem é de estar em frente ao objeto real que provoca sensações, como o aumento da salivação diante das maçãs cortadas despertando o desejo de comer a fruta. O trabalho do artista, além da estética, estimula outros sentidos além da visão.

 

Para Fatthing (2011), o hiperrealismo tem raízes no fotorrealismo, um movimento que surgiu no fim da década de 1960, nos Estados Unidos. O termo é usado para descrever a arte que parece tão realista quanto uma fotografia que geralmente é utilizada como base para os trabalhos hiperrealistas. No caso das obras analisadas, a aparência dos objetos é mais nítida que uma fotografia. O artista Peterson (apud Fatting) diferencia o fotorrealismo do hiperrealismo argumentando queno hiperrealismo, uma imagem visual é usada para recriar uma imagem fotorrealista que é quase mais realista do que sua fonte fotográfica, ao passo que o fotorrealismo apenas simula a fotografia. Artistas hiperrealistas fazem alterações meticulosas na profundidade de campo, na cor e na composição das obras, a fim de enfatizar uma mensagem de consciência social a respeito de aspectos da cultura e da política contemporânea.

 

A obra do artista Carlos Passos nos intriga ao pensarmos sobre a arte contemporânea, onde o que mais importa não é o domínio da técnica e muito menos a perfeição do trabalho artístico e sim o que o artista propõe. A arte do nosso tempo representa, muitas vezes, um desafio para nós. Às vezes porque não se entende a sua linguagem e o que ela quer dizer e, outras vezesnos incomoda tanto ao nos colocarmos em frente a questões tão duras e chocantes da sociedade atual.

 

Ao ficarmos diante das obras de Carlos Passos, nos perguntamos porque ele pintou uma flor tão branca? O que ele quis dizer com isso? A ausência da sensualidade! Quando, na maioria das vezes, o que vemos são rosas da cor  vermelha. E ao vermos, na atualidade, um quadro de uma abóbora o que teria passado na sua mente? Será que o artista sente falta da fantasia, da magia da época dos contos de fadas? Ou é só uma abóbora. Frutas tão frescas, em épocas que tudo que consumimos são frutas compradas embaladas com plásticos, nem mais o aroma e muito menos escolher podemos. O que o artista quer nos dizer? Podemos perceber que sua obra é para ser contemplada e se ter prazer nas coisas mais simples mesmo, que nos tempos atuais são tão raros.

 

Também vemos que o artista sempre buscou em seu trabalho de desenho, a perfeição fotográfica, que Passos adquiriu com sua busca permanente nos 30 anos de profissão. Sua marca é a perfeição e o domínio da técnica.

 

 

Referências

 

FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. RIO DE JANEIRO: Sextante, 2011.

BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. 2ª. Edição São Paulo: Educ / Fapesp / Cortez, 2003.